Quarta-feira, 3 de Abril de 2013

VOLTASTE, AINDA BEM QUE VOLTASTE

É o titulo de um bonito fado muito conhecido, e que continua a ser muito cantado, e que nos parece perfeitamente apropriado para saudar o regresso de Margarida Bessa ao fado.

 

Ainda bem que voltou Margarida Bessa porque quem gosta de fado, sentia a sua falta, e, não entendia, que, embora fosse sendo vista em ambientes de fado, como os fados de Verão no Castelo de S.Jorge, no S. Luiz etc, não se decidisse a aparecer, quer em espectáculos, quer através de gravações.

Até que, finalmente, Margarida Bessa, "privando-se" da companhia dos seus animais..., sobretudo, ao que cremos, cães e gatos e adiando a sua paixão pelos cantares alentejanos, resolveu oferecer-nos um bonito CD com o titulo " SAUDADE DAS SAUDADES", que, julgamos também ser uma homenagem da fadista a Maria Teresa de Noronha, que, será uma referência para Margarida Bessa.

 

 Vale a pena ouvir o novo CD, porque a bonita voz, uma voz fresca, a interpretação muito pessoal e unica, que por vezes nos faz recordar Maria Teresa de Noronha, transmitem-nos paz e serenidade, ao ponto de que cada vez que a ouvimos, ficamos ainda, com mais vontade de continuar a ouvi-la, diremos mesmo,que ouvir Margarida Bessa se transforma quase em vicio...

 

Oiçam a Margarida e deixem-se embalar nas palavras ditas com voz suave e doce e na musicalidade que há no seu fado, aliás à semelhança do que já tinha acontecido com o seu CD "FADO" editado em 1995.

 

Apenas como curiosidade, referimos que passados 18 anos, (Margarida não volte a estar tanto tempo sem gravar...), a fadista, repete o mesmo viola e viola baixo, tendo mudado unicamente os guitarras. Ainda bem que estamos cá todos, quem canta, quem toca e quem escreve estas humildes palavras.

 

Parabéns, Margarida Bessa.

 

Zé da Viela


publicado por Zé da Viela às 16:27
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Segunda-feira, 4 de Fevereiro de 2013

VOLTA, ANA ESTÁS PERDOADA...

Tenho a certeza, que todos os amantes de fado, apreciam, consideram e respeitam Ana Moura, porque é simpática,grande artista,grande voz, grande fadista, anti-vedeta e com uma presença extremamente agradavel em palco.

 

Mas, carissima Ana Moura, entre os amantes de fado, também há, como sabe os chamados "puristas", que apesar de gostarem de si, porque a Ana já lhes "deu" muito fado, do bom, do puro, do tradicional, não gostaram do Desfado... e eu também não gostei, mas continuo a ser um grande apreciador da grande fadista Ana Moura, que nos há-de voltar a brindar com outra obra que não se afaste do fado... que seja fado, e não Desfado...

 

Eu sei, que a minha opinião, apesar de ser corroborada por muita gente, pouca importancia terá para si, porque responderá que já vendeu 15.000 CD, e que tem assegurada uma grande digressão por Europa, Canadá e Estados Unidos. Pois é cara Ana, isso acontece porque o publico gosta de si, e, como eu, muita gente comprou o seu disco pela curiosidade de saber o que é o Desfado ( que raio de nome!!!), porque o fado já nós sabemos o que é, e também, porque os apreciadores de fado, fazem questão de terem todas as edições discográficas dos seus idolos.

 

Sei, que algumas (poucas) pessoas que irão ler este apontamento, me irão apelidar de retrógrado, e de ser daqueles que não querem o progresso do fado, ou seja, serei chamado de "purista", mas creio que é um direito que me assiste, depois de mais de sessenta anos a acompanhar o fado, de gostar ou não gostar, e de achar que em Desfado, há muito pouco de fado. Não foi com DESFADO, que o Fado foi a Património Imaterial da Humanidade, foi com Fado, com guitarra, e viola de fado, sem orgão e sem bateria...

 

Ana Moura, muitas felicidades, que a sua digressão seja um êxito, mas volte depressa, porque nós, os portugueses, sobretudo os que gostamos de fado, sentimos a sua falta.

 

No Tribunal do Fado, pode não ser "condenada", porque é uma pessoa de quem se gosta, mas também não sairá totalmente "absolvida"... talvez "condenada" com pena suspensa... até ao próximo disco de Fado....

 

Felicidades, Ana Moura.

 

Zé da Viela

 


publicado por Zé da Viela às 19:03
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Segunda-feira, 3 de Dezembro de 2012

VII GALA AMÁLIA RODRIGUES

Foi desolador ver o Coliseu dos Recreios, uma sala que Amália chegou a esgotar, quase "às moscas", como é costume dizer-se, tão poucas foram as pessoas que ali se deslocaram. Se, não contarmos com os artistas e convidados, entre os quais familiares dos premiados, quase diriamos que não valeria a pena fazer o espectáculo para tão poucas pessoas.

 

A quem imputar a responsabilidade do  fracasso da organização ? A Amália não será, porque ela continua no coração do povo, e o seu nome e a sua imagem, continuam a mobilizar um grande numero de pessoas, além de que, só os "amalianos" seriam suficientes para encherem o Coliseu. Quem foi responsavel por tão lamentavel organização, que começou a correr mal, até antes do espectáculo principiar,com o protesto de alguns espectadores das primeiras filas da plateia ( lugares de 25 euros), cuja visão do palco lhes era tapada com a exposição de três vestidos de Amália ? A organização não previu que os vestidos tapariam a visão dos espectadores ? Ou não se colocavam os vestidos, ou não se vendiam alguns lugares, sobretudo aqueles que impediam a visão do palco. Também, de lamentar que a discussão se tivesse arrastado, sem que alguém da organização ( Fundação Amália ou empresa produtora do espectáculo ? ), se tivesse preocupado em resolver o diferendo, que estava a ser gerido com alguma dificuldade, pelos "arrumadores". Resolveu-se o problema retirando do palco os três bonitos vestidos de Amália.

 

O espectáculo e a organização não foram dignos do prestigio da Grande Artista,não se percebendo a razão, uma vez que já se tinham realizado seis galas, pelo que já havia alguma experiência, até de galas bem concebidas e organizadas, como por exemplo, as do S. Luiz, do Olga Cadaval e do Campo Pequeno. A Gala não terá sido devidamente publicitada, e também os premiados ( ou alguns dos premiados ), não teriam o reconhecimento do publico, não se percebendo onde foram descobrir o mérito que esteve na origem da escolha de alguns dos premiados.

 

A Gala Amália, quanto a nós, deveria ser um acontecimento, onde os premiados tivessem realmente mérito, e não fossem seleccionados, só por razões de influências... devendo ser um espectáculo onde qualquer artista se sentisse honrado por ser escolhido, para actuar, porque se não houver justiça nas escolhas, o publico "desconfia" e não comparece, acabando por se banalizar um espectáculo, que deveria ser um dos grandes acontecimentos anuais do Fado, em Portugal. Esperemos que a lição tenha sido bem aprendida e que a próxima Gala possa dignificar a Grande Senhora e Grande Artista, que foi Amália.

 

Por fim, de louvar os artistas que actuaram, entre os quais também alguns premiados, que apesar de terem um PESSIMO SOM, deram o seu melhor, como por exemplo, Maria Amélia Proença, António Chainho, Cidália Moreira e Rodrigo, este o "triunfador" da noite, que, à semelhança de Cidália Moreira, foi aplaudido de pé, durante alguns minutos.

 

Correu mal, mas como também se aprende com os erros, esperamos que a próxima Gala esteja ao nivel do que Amália merece.

 

Saudações fadistas

 

Zé da Viela


publicado por Zé da Viela às 18:20
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Domingo, 4 de Novembro de 2012

SEMPRE O NOSSO FADO

Não é demais realçar a importância, que, cada vez mais o fado tem para nós portugueses, canção com a qual nos identificamos, e que ao mesmo tempo, identifica o nosso País, uma vez que se verificam acontecimentos, que para nós constituem novidade, talvez fruto de ter sido considerado Património Imaterial da Humanidade.

 

Hoje, domingo dia 4, assistimos a uma Missa Fadista, na Igreija do Samouco, onde se cantou o fado com guitarra e viola, tendo sido escolhidos temas relacionados de algum modo com a religião, como " Maria Madalena" e "Foi Deus", entre outros, cantados maravilhosamente por quatro senhoras pertencentes ao coro daquela igreija. Que bem que o fado ficou na igreija, nas lindas vozes das senhoras que o interpretaram !

 

Por outro lado,o fado passa a ser disciplina universitária, dado que será incluido numa cadeira, " Culturas Musicais em Portugal: O Fado ", na licenciatura em Ciências Musicais da Universidade Nova de Lisboa. O musicologo Rui Vieira Nery será o regente da cadeira, que terá como objectivo transmitir aos alunos um panorama do fado na viragem para o século XX. Deste modo, o fado será leccionado pela primeira vez numa Universidade.

 

E, lembrarmo-nos de como o fado começou,(cantado em tascas e tabernas ), até chegar à Universidade.

 

É bonito, que passe a haver mais gente a estudar o fado e a saber distinguir o fado corrido, o menor e o mouraria

mas também desejamos que a Universidade e os intelectuais não "roubem" o fado ao povo...

 

Viva o Fado

Zé da Viela


publicado por Zé da Viela às 16:34
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Quarta-feira, 10 de Outubro de 2012

TUDO ISTO É FADO

Recuso-me a afirmar que o fado está na moda, porque, como se sabe, a moda dura enquanto dura,e o fado está para ficar, prefiro dizer que o fado está de boa "saude", cada vez mais respeitado, tanto em Portugal, onde muitos jovens a ele aderiram, como no estrangeiro, onde num curto espaço de tempo, soube que Camané actuou no Canadá, Ana Moura está em digressão pelo México, e creio que Carminho se deslocou ao Vietnam.

Por outro lado, abundam os "recitais" fadistas, sobretudo em locais a que não estavamos habituados, como sejam as Varandas da Amália, e o Mosteiro dos Jerónimos, onde há pouco tempo actuou Cristina Nobrega.

 

Nas Varandas da Amália, a par de artistas consagrados, como por exemplo Maria João Quadros,Maria Amélia Proença e Vitor Duarte (Marceneiro), (porque não aparece mais vezes este fadista que nos transporta para o estilo de seu pai e seu avô, Alfredo Duarte Junior e Alfredo Marceneiro ? ), apareceram muitos jovens, rapazes e raparigas a cantarem, uns melhor que outros, mas todos eles dedicados ao fado, o que nos leva a pensar que uma nova geração, agora entre os 15 e os 17anos, assegurará a continuidade e futuro do fado.

 

No Casino Estoril, a Gala da Radio Amália, que revelou gente com algum talento, acompanhados por nomes grados do fado, como Pedro Moutinho,Ana Sofia Varela e Maria da Fé, entre outros.

 

No Coliseu dos Recreios, o espectáculo que nos ofereceu Jorge Fernando, onde na 1ª parte, o fado esteve em destaque, com nomes consagrados, como Celeste Rodrigues, Ricardo Ribeiro, Filipa Cardoso e a já mais que promessa Fábia Rebordão.

 

No Martim Moniz, o espectáculo que contou com a presença de Mariza, completamente aberto ao publico que muitas vezes não tem capacidade financeira para se deslocar às grandes salas.onde actuam os nomes mais consagrados e em evidencia.

 

Perante isto, caros amigos, temos que concordar que o fado, tão do agrado do nosso povo, respira saude.

 

Que assim continue.

 

Viva o Fado

 

Zé da Viela

 

 

 

 


publicado por Zé da Viela às 18:06
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Sábado, 18 de Agosto de 2012

ATÉ QUALQUER DIA, AMIGO

Soube com alguns dias de atraso, do desaparecimento do meu amigo Manuel Paiva, por me encontrar ausente de Portugal.

Foi para mim completamente inesperado, embora o soubesse doente, mas como é habitual, temos sempre a esperança de que se registem melhorias, o que, infelizmente não aconteceu.

E, é sobretudo nestes momentos que nos arrependemos de não termos cumprido com o que é habitual entre amigos, como era o caso de felicitar o Manel no dia do seu aniversário, creio que em 20 de Julho. Disse para mim - hoje o Manel faz anos e vou-lhe telefonar-. Mas por qualquer motivo, não lhe telefonei, e agora já não vou a tempo, como também, já não terei a sua companhia nas noites fadistas, quer nas "casas de fado", no Casino, no Olga Cadaval, na Fábrica etc etc.

Era um homem bom, o Manel, que sendo um profundo conhecedor de tudo o que se relacionava com o fado, não se lhe ouviam grandes criticas, é evidente, que gostava mais de uns do que de outros, mas não "arrasava" aqueles de quem gostava menos.

Penso que terá vivido uma existencia feliz, sempre, mas sempre ao lado da sua esposa, a D. Luisa ou Luisinha para os amigos, pois não me recordo de ver um sem o outro, assim como de seus filhos, que teve a alegria de os ver alcançar um lugar de destaque, no panorama musical portugues, sobretudo, no Fado. Ocorreu algumas vezes que vendo a Luisinha sozinha lhe perguntava: e o Manel ? Foi arrumar o carro, ou ficou a falar com um amigo, mas um sem o outro é que nunca os vi.

Manel, algum dia nos encontraremos e retomaremos as nossas conversas sobre o fado, assim como voltarás a cantar,"  A ternura dos quarenta, dos setenta ou dos oitenta...para eu ouvir.

À Luisinha, e aos filhos, Camané, Helder e Pedro Moutinho envio um grande abraço de solidariedade e peço-vos que não esqueçam que a vida continua e que os exitos que continuem a obter sejam também manifestações de homenagem ao marido e ao pai.

Saudações fadistas

Zé da Viela


publicado por Zé da Viela às 17:03
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Terça-feira, 17 de Julho de 2012

MARIZA CONFESSA-SE

A posição de Mariza no fado, tem sido sempre muito discutida, não merecendo a aprovação de muitos "puristas" do fado, sem que esteja em causa a excepcional voz que possue.

 

Pois bem, a própria Mariza afirmou num programa da RTP 1, que se considera mais cantora do que fadista, o que vem dar razão a todos os que nunca a consideraram uma fadista, apesar de por vezes cantar fado.

 

Estamos assim entendidos, será uma grande cantora, até a nivel internacional, mas, fadista não é, como ela própria afirmou.

 

Saudações fadistas


publicado por Zé da Viela às 20:49
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Quarta-feira, 4 de Julho de 2012

ADEGA MACHADO

Por ter estado por motivos profissionais ausente do País, descurei com pena minha a actividade deste humilde blogue, ao qual volto agora de novo, para comentar apenas aspectos relacionados com o FADO.

E por coincidencia volto precisamente quando se reinagurou a Casa de Fados, Adega Machado, que tinha cessado a sua actividade há cerca de três anos, facto de louvar, sobretudo numa fase da vida do País em que não há investimentos, estando assim de parabens os seus proprietários, que trazem de novo para o FADO uma casa com grandes tradições fadistas, onde actuaram os grandes nomes do Fado, sobretudo Amalia Rodrigues, que ao que creio tinha ligações de muita amizade com os anteriores proprietários. Quando muitas empresas, por reflexo da crise que se vive a nivel mundial, encerram as suas actividades, eis que surge uma nova empresa, que muita falta fazia, para que os artistas possam expressar os seus méritos, e para que os amantes de Fado possam apreciar os seus artistas.

A casa sofreu uma remodelação total, tendo ficado com mais espaço numa bonita obra de arquitectura.

Do elenco, embora sabendo que é composto por quatro fadistas, apenas chegou ao meu conhecimento  os nomes de Celeste Rodrigues e Pedro Moutinho, pelo que apresento as minhas desculpas aos outros dois artistas, cujos nomes não consegui apurar.

Boas instalações, boa gastronomia e um bom elenco serão certamente motivo para que a Adega Machado continue a ter a importancia para o Fado, que granjeou ao longo de muitos anos.

Deste modo, parabens à nova empresa e parabens ao Fado que volta a ter um grande "templo" onde os artistas poderão expressar a sua arte.

Saudações fadistas

Zé da Viela


publicado por Zé da Viela às 19:53
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Terça-feira, 9 de Março de 2010

PARABÉNS JOSÉ MANUEL OSÓRIO

 

Depois de muito se ter escrito sobre o filme Fados, de Carlos Saura, a propósito do Fado Menor em Versiculo, que, deram origem às mais variadas opiniões, foi, com alguma surpresa que se ouviu no Museu do Fado, o conhecido investigador e historiador do fado, José Manuel Osório, por ocasião do lançamento da colecção " OS FADOS DA ALVORADA", afirmar, que não considerava o filme como um bom filme, e dizer também, que o versiculo pertencia a Alfredo Marceneiro.

 

É evidente, que é apenas uma opinião, mas, de uma pessoa com alguma autoridade, conhecedora e respeitada nos meios fadistas, mas, não deixa de ser um "acto de coragem", fazer tais afirmações no Museu do Fado...

 

Seria interessante, e no interesse do "estudo" do Fado, que outras pessoas, como, fadistas, tocadores ( guitarras e violas ), historiadores e investigadores, manifestassem as suas opiniões, com absoluta imparcialidade, sem receio de ferirem susceptibilidades, porque o Fado muito teria a ganhar com o esclarecimento deste assunto.

 

Entretanto, parabéns à " coragem" de José Manuel Osório.

 

Saudações fadistas

 

Zé da Viela

 


publicado por Zé da Viela às 14:34
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Segunda-feira, 19 de Outubro de 2009

AMÁLIA RODRIGUES

Só a grandeza da Grande Senhora, poderia dar azo às grandes manifestações de saudade e carinho, por ocasião do 10º aniversário do seu desaparecimento.

Não tenho ideia, de manifestações de tanta saudade, como as que Amália continua a despertar, nos corações de todos nós, os que gostamos dela, os que sempre a admirámos e seguimos o seu trajecto e a sua carreira.

Variadíssimos espectáculos, colóquios e programas de televisão, lembraram a data, recordando a vida da DIVA, desde o seu começo, ao seu desaparecimento, e, tenho que confessar, que nunca se sabe tudo ( pelo menos eu, não sei ), acerca de Amália, apesar de ser seu grande admirador, e coleccionador de tudo o que a ela se refere.

Como seu grande admirador, aceito que também a sua vida pessoal me desperta curiosidade, tentando, sempre que possível confirmar boatos e noticias, pelo que, em tudo o que vi e ouvi, foram abordados dois pormenores que eu desconhecia.

O primeiro, refere-se às menos boas relações que teria com Carlos do Carmo, assunto sempre muito comentado, mas sempre sem explicação convincente, pelo que nestas comemorações, ouvi da boca do próprio, que teriam tido uma divergência de ideias, num almoço ou jantar, num Consulado, ou Embaixada portuguesa no Canadá, onde, apesar das discordâncias, teriam acabado a dançar....tendo sido essa a ultima vez que estiveram juntos... É evidente, que esta é a versão de Carlos do Carmo, porque, não é conhecida nenhuma tomada de posição de Amália sobre este assunto, embora as declarações do fadista nos possam levar a dizer que as relações entre eles não seriam as melhores, porque, vivendo os dois na nossa linda cidade, não é normal que a ultima vez que tenham estado juntos tenha sido no Canadá...

O segundo, refere-se a um poema que Amália teria escrito, e que pediu a João Braga que o lesse, quando ela morresse, facto que agora vi relatado num canal de televisão, que transmitiu também a leitura do poema. Este facto, era do meu desconhecimento, embora, uma pessoa da inteira confiança de Amália me tenha afirmado, que esse poema não estava destinado exclusivamente a ser lido apenas depois da sua morte, porque, ao que me foi afirmado, Amália tê-lo-ia chegado a cantar. É um pormenor a esclarecer, porque, quem "estuda" Amália Rodrigues não pode ficar com duvidas, nem mesmo nos mais pequenos pormenores.

Dos vários espectáculos que assinalaram a data, na impossibilidade de me referir a todos, destaco o do S.Luiz, que tentava "refazer" um serão em casa de Amália, da autoria, ao que creio do sempre inspirado Helder Moutinho, que se traduziu, num espectáculo agradável de seguir, e que honrou o nome da Grande Senhora, que contou com a presença da sua irmã Celeste Rodrigues, de João Ferreira Rosa, que não consegue disfarçar a grande admiração, simpatia e carinho que tem pela Grande Artista, e por dois grandes músicos que a acompanharam durante muitos anos, como foram Fontes Rocha e Joel Pina, para me referir aos que maior intimidade tiveram com Amália, sem esquecer a valiosa contribuição, para o êxito do agradável "serão", da sempre bonita e simpática Joana Amendoeira, bem acompanhada pelos seus músicos, Pedro Amendoeira e Pedro Pinhal. De lembrar também, a boa prestação dos " espontâneos" que subiram ao palco, assim como a assistência constituída em grande parte por "amalianos" bem conhecidos, como por exemplo, Mercês Cunha Rego.

Destas comemorações, podemos concluir, que Amália não morreu, Amália nunca morrerá.

Zé da Viela

 

 

 

 


publicado por Zé da Viela às 17:41
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