Diz-se com frequência, que o Fado está na moda, e, na realidade, assim parece, tal a intensa actividade que alguns fadistas vêm desenvolvendo, com espectáculos por todo o País, e alguns com digressões pelo estrangeiro. Não me lembro de se falar tanto no fado, de ver tantos espectáculos anunciados, tantos lançamentos de CD,s, e de se fazerem tantas entrevistas a interpretes do fado.
Também não me lembrava de ver fadistas "ligados" à politica, como mandatários de candidaturas, como foi o caso de Katia Guerreiro,(mandatária do Presidente da Republica ), e, agora de Carlos do Carmo,(mandatário do Presidente da Câmara), ocorrendo-me perguntar, quem sai a ganhar, se são os fadistas com os políticos, ou são os políticos com os fadistas.
O reconhecimento por parte dos políticos, que os fadistas poderão trazer valor para as suas campanhas, creio que virá em beneficio do Fado, uma vez que, se acredita, que o Fado através dos seus interpretes, poderá atrair o que os políticos mais desejam, que são os eleitores, embora seja desejável, que, os políticos em troca, possam depois "proteger" o Fado, de um modo geral, e não apenas dois ou três fadistas.... Entendido ?
Será, que, por exemplo, as casas de fado, poderão vir a beneficiar de algum estatuto especial, que lhes permita praticar preços mais acessíveis, para que os amantes do Fado as possam frequentar ?
E não vamos esquecer que Pedro Santana Lopes já afirmou que pretendia fazer de Lisboa, a Capital do Fado, pelo que, creio, que também merecerá o apoio de toda a comunidade fadista.
É verdade a Ana Moura, já retomou a sua actividade, pelo que parece que recuperou completamente, pelo que iremos continuar a vê-la e ouvi-la com a alegria do costume. Um abraço Zé da Viela