Só a grandeza da Grande Senhora, poderia dar azo às grandes manifestações de saudade e carinho, por ocasião do 10º aniversário do seu desaparecimento.
Não tenho ideia, de manifestações de tanta saudade, como as que Amália continua a despertar, nos corações de todos nós, os que gostamos dela, os que sempre a admirámos e seguimos o seu trajecto e a sua carreira.
Variadíssimos espectáculos, colóquios e programas de televisão, lembraram a data, recordando a vida da DIVA, desde o seu começo, ao seu desaparecimento, e, tenho que confessar, que nunca se sabe tudo ( pelo menos eu, não sei ), acerca de Amália, apesar de ser seu grande admirador, e coleccionador de tudo o que a ela se refere.
Como seu grande admirador, aceito que também a sua vida pessoal me desperta curiosidade, tentando, sempre que possível confirmar boatos e noticias, pelo que, em tudo o que vi e ouvi, foram abordados dois pormenores que eu desconhecia.
O primeiro, refere-se às menos boas relações que teria com Carlos do Carmo, assunto sempre muito comentado, mas sempre sem explicação convincente, pelo que nestas comemorações, ouvi da boca do próprio, que teriam tido uma divergência de ideias, num almoço ou jantar, num Consulado, ou Embaixada portuguesa no Canadá, onde, apesar das discordâncias, teriam acabado a dançar....tendo sido essa a ultima vez que estiveram juntos... É evidente, que esta é a versão de Carlos do Carmo, porque, não é conhecida nenhuma tomada de posição de Amália sobre este assunto, embora as declarações do fadista nos possam levar a dizer que as relações entre eles não seriam as melhores, porque, vivendo os dois na nossa linda cidade, não é normal que a ultima vez que tenham estado juntos tenha sido no Canadá...
O segundo, refere-se a um poema que Amália teria escrito, e que pediu a João Braga que o lesse, quando ela morresse, facto que agora vi relatado num canal de televisão, que transmitiu também a leitura do poema. Este facto, era do meu desconhecimento, embora, uma pessoa da inteira confiança de Amália me tenha afirmado, que esse poema não estava destinado exclusivamente a ser lido apenas depois da sua morte, porque, ao que me foi afirmado, Amália tê-lo-ia chegado a cantar. É um pormenor a esclarecer, porque, quem "estuda" Amália Rodrigues não pode ficar com duvidas, nem mesmo nos mais pequenos pormenores.
Dos vários espectáculos que assinalaram a data, na impossibilidade de me referir a todos, destaco o do S.Luiz, que tentava "refazer" um serão em casa de Amália, da autoria, ao que creio do sempre inspirado Helder Moutinho, que se traduziu, num espectáculo agradável de seguir, e que honrou o nome da Grande Senhora, que contou com a presença da sua irmã Celeste Rodrigues, de João Ferreira Rosa, que não consegue disfarçar a grande admiração, simpatia e carinho que tem pela Grande Artista, e por dois grandes músicos que a acompanharam durante muitos anos, como foram Fontes Rocha e Joel Pina, para me referir aos que maior intimidade tiveram com Amália, sem esquecer a valiosa contribuição, para o êxito do agradável "serão", da sempre bonita e simpática Joana Amendoeira, bem acompanhada pelos seus músicos, Pedro Amendoeira e Pedro Pinhal. De lembrar também, a boa prestação dos " espontâneos" que subiram ao palco, assim como a assistência constituída em grande parte por "amalianos" bem conhecidos, como por exemplo, Mercês Cunha Rego.
Destas comemorações, podemos concluir, que Amália não morreu, Amália nunca morrerá.
Zé da Viela
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